domingo, 1 de setembro de 2013

Distúrbio


0 comentários
Seus olhares se cruzaram por instantes indefinidos. Pegara em tua mão e a conduziu para um distúrbio sem fim. Em seus olhares se encontravam tantas histórias, ligações, beijos e perdões. Encontrava perdição e tentação. Naqueles brilhos tão envolventes sumiam diante à multidão que os acompanhava. As estrelas brilhavam depois de décadas apagadas. As estrelas finalmente cansaram de se esconder de tanto... desamor.
Em suas loucuras viajaram dimensões. Em suas viagens, conheceram o infinito. Em seus infinitos... Enfim, se conheceram. Ele pegara em sua mão e a conduziu para um distúrbio sem fim. A beijou na lucidez de uma noite clara. Ela o levou a loucura, o levou ao auge da humanidade e enfim concluíram num dia sem sol: “Nossos sorrisos ainda se encontrarão.”.
Ela pedia em seus sussurros inaudíveis: Leva-me, rapte-me. - O medo aumentava em seu peito. E a vontade aumentava em seu olhar.
E nessa intensa luta interna entre desejo, vontade, medo e perdão, se perdeu numa mistura de sensações, as quais um dia ousou chama-las de reais. Guardou em seu peito as fotos de um verão qualquer, uma praia deserta e um jantar num cais à luz de velas.
Enquanto dormia, ele a olhava timidamente... Tentava imaginar o que sonhava, tentava descobrir tanto... Indefinido, indecifrável.
Seus olhares se cruzaram por apenas um instante... Bendito seja o eterno.

Marcus James
Continue lendo... »
 

Copyright © Olhares em Devaneio