domingo, 11 de agosto de 2013

Promíscuo



Te procuro.
Te sinto.
Te abraço.
Te cheiro.
Te perturbo.
Te junto.
Te esqueço.
Olho em tantos olhares e por um momento penso que te encontrei. Te encontrei na mesma casa que um dia te conheci, na mesma cama velha e bonita. Te encontrei nos mesmos olhos que te refletiram, na mesma alma que um dia se vinculou. Mas está quebrado. Está com tantas trincas que meu olhar já não aparece. Com tanta dificuldade, tanto esforço te encontro, num minúsculo pedaço confundo meu olhar com o teu.
Confundo minha risada com a tua, confundo meu gosto com o seu. Me abraço tentando te sentir, sinto teu cheiro se exalando de minha roupa. Vejo seus olhares tristes. Vejo teus sorrisos raros e sinceros. Vejo sua personalidade em mim.
Gasto dias, meses tentando desesperadamente te tirar de mim. Esquecer que um dia grudou em mim. Ficar somente uma madrugada, uma noite bem dormida, um bom sexo sem pensar em você. Mas a inútil pergunta me vem todas as noites, todas as 2h35. Menina, vá para longe de mim, me deixe amar outro corpo sem ser o teu. Esse teu corpo carnívoro! Que me devorava em segundos com apenas um olhar. Que me seduzia por palavras, que me arrastava para lugares impróprios para apaixonadamente fazer amor. Esses teus abraços sinceros. Teus comentários ridículos.
“Porque você se foi, imbecil?” – E hoje... talvez você enfim, desapareça.
Marcus James

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